Estou
acompanhando as publicações de um quadrinho italiano pela Editora Mythos. Julia
Kendall: Aventuras de uma Criminóloga, que narra às aventuras de uma mulher
bastante interessante. Dentre os inúmeros quadrinhos publicados, esse possui um
diferencial. Apesar dos clichês, Julia não pertence ao universo de mulheres
fatais que usam seus dotes femininos ou superpoderes que na hora do confronto
quase não valem nada, já que precisam de um herói forte e viril para
protegê-las.
Julia
é uma criminóloga (pessoa que estuda perfil de assassinos), e usa seus
conhecimentos e capacidade intelectual para ajudar a polícia a pegar assassinos
e psicopatas.
Julio
Schneider no site http://www.texbr.com,
conta que em 1998 Berardi (com o desenhista Luca Vannini) criou a
criminóloga e, com ela, um perfeito e completo microcosmo para ambientar suas
aventuras.
Julia
vive em Garden City, cidade imaginária do Estado de Nova Jersey (na ficção
literária está a menos de uma hora de viagem de Nova York), é professora de
criminologia na universidade e colabora com a polícia local.
Saída
de um doloroso e ainda não explicado evento traumático que deixou marcas
profundas em sua psicologia (suas noites são permanentemente atormentadas por
pesadelos), guarda suas confissões mais íntimas em seu diário, cujos trechos
servem de habitual contraponto à narrativa.
Solteira,
e solitária Julia vive num aconchegante sobrado na periferia de Garden City,
que pertencia à sua avó, em companhia de sua gata persa Toni e da
simpática, divertida e tagarela “empregada - ombro - amigo - ama - seca” Emily
Jones (com os traços de Whoopy Goldberg). Sua rotina diária se divide
entre as aulas na universidade e a colaboração com a polícia, cujos contatos
são o sargento Ben Irving (um simpático John Goodman) e o
tenente Alan Webb (um John Malkovich lúcido), e com este
vive uma relação pessoal e profissional num misto de confiança e conflitos,
principalmente pelos inconfessáveis ciúmes que ele sente em relação ao detetive Leo
Baxter (um jovem Nick Nolte), amigo fraterno de Julia e seu braço
direito nas investigações mais complicadas.
Julia
tem uma irmã mais nova, Norma, modelo profissional que está sempre em
viagem e que vive sérios problemas de dependência de drogas. Freqüentemente
Julia visita a avó Lillian (que lembra muito a atriz Jessica
Tandy), viúva que vive – por vontade própria – numa casa de repouso na
periferia da cidade, e que sempre lhe dá conselhos acertados sobre a vida pessoal
e profissional, e não esconde seu grande desejo de ver a neta achar o homem
certo para constituir família.
A
história começa com Julia auxiliando nas investigações envolvendo um assassino
serial que depois se descobre ser a antagonista Myrna Harrod, homossexual
assassina serial, que vai aparecer outras vezes na trama.
O
estilo lembra um pouco as séries detetivescas americanas do passado. Julia
sequer tem um celular, e muita coisa da ambientação é conservadora e
ultrapassada.
Gosto
especialmente das capas de Marco Soldi, que usa pessoas e objetos reais
como modelos para criar suas composições, e dos desenhos limpos e bem
realizados de Laura Zuccheri, entre os muitos desenhistas que ilustram as
revistas.
Os
principais personagens da série Júlia.
Julia Kendall |
Leo Baxter |
Tenente Webb |
Emily |
Ben Irving |
Outros personagens que aparecem nas histórias:
A gatinha Toni, a avó Lilian, a irmã (periguete) modelo Norma, Doutor Tait, Michael H. Robson.
A gatinha Toni, a avó Lilian, a irmã (periguete) modelo Norma,
Informações: http://www.texbr.com
1 Comentários
Uma excelente hq , tenho todas, historias envolventes que garantem boas horas de entretenimento.vale a pena apesar do valor um pouco alto.
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